Resenha: A Química - Stephenie Meyer



É extraordinária a sensação de voltar a ler um livro de sua autora favorita, e quando essa mesma autora resolve lançar uma obra inédita depois de seis anos tão de repente, quase me faz cair da cadeira. Faz muito tempo desde que eu li A Hospedeira, e depois de três releituras, ela vem com um livro novo que promete ser eletrizante. É claro que as minhas expectativas eram lá nas alturas e mais uma vez, a Meyer me surpreendeu.

Antes de falar sobre o livro, deixo apenas um aviso: esqueça de uma vez a Saga Crepúsculo. Se você não gostou dos seus livros anteriores, mas teve interesse por A Química, sugiro que leia sem medo nenhum. É uma história totalmente diferente dos "vampiros brilhosos". Eu ainda amo Crepúsculo e vejo muitas pessoas julgando a autora por essa saga, pois nem todos gostam. Mas mesmo assim, Crepúsculo foi um dos meus queridinhos.


Em A Química, Stephenie escreveu um livro que vai muito além de suas outras obras, onde o romance não é o principal foco e onde não existem "triângulos amorosos", e sim, um livro de suspense e muita ação. Não vou mentir, existe sim romance no livro, mas é pouquíssimo. O mais interessante na sinopse do livro é que não revela o nome da personagem principal, e só por isso já deixa um suspense.

O livro é narrado em 3ª pessoa por uma ex-agente do governo americano, que está fugindo de seus antigos empregadores por 3 anos, depois que seu único parceiro em quem ela confiava, Barnaby, ser morto por eles. Por ela ter visto o que não devia, é agora perseguida por essas pessoas. Ela é formada em medicina e é muito boa no que faz, e nessa agência clandestina, ela era conhecida como A Química, por ter conhecimentos em tipos diferentes de composições químicas, o que a torna uma interrogadora de ponta, torturando seus alvos até obter respostas.



Em boa parte de sua vida como fugitiva, ela troca de nomes diversas vezes, e é extremamente inteligente. Sempre precavida, ela nunca fica em uma cidade por muito tempo e nem usa o mesmo nome. Devemos dizer que ela é um pouco "paranoica" mas percebemos o quanto a personagem é astuta e forte. Não é daquelas mocinhas fracas que esperam que um homem apareça para salvá-la e sim daquelas que fariam o que for preciso para sobreviver, sem se importar com o custo. Ponto para a autora, porque a personagem é simplesmente espetacular, em outras palavras, ela é f**da.

Depois de receber uma mensagem de um dos antigos tutores dela da agência, ela recebe uma oferta que poderia livrá-la da perseguição de uma vez. Ela recebe a informação de que um terrorista iria espalhar um vírus que mataria milhões de pessoas e a missão dela é encontrar essa pessoa e usar seus talentos para torturá-la até confessar os seus crimes.


A partir desse ponto, ela é mais conhecida como Alex, e vai perceber que o "terrorista" é um professor de inglês e treinador de um time de vôlei e ela se pergunta: como esse cara poderia matar milhares de pessoas? Mas é nesse ponto que a história fica ainda mais interessante. Outros personagens vão aparecer e essas novas pessoas que Alex conhece irão se juntar a ela para escapar do Governo, que querem matá-los a todo custo.

Ao final da leitura, eu fiquei pensando: como assim depois de escrever Crepúsculo, Meyer conseguiu ainda se superar ainda mais e nos dar esse livro brilhante? Só digo que não espere uma personagem como a Bella, por que a Alex é de longe a melhor personagem feminina criada pela Meyer. E olha que eu gostei muito de A Hospedeira, mas esse livro ganhou um espaço lá no fundo do meu coração, por que tudo na história me prendeu e eu não conseguia mais largar o livro. E eu não digo só isso porque é minha autora favorita, mas sim porque ela merece ser lembrada também por suas outras obras, como A Hospedeira, que é excelente, e não só por Crepúsculo, que na minha opinião, foi só o ponto de partida dela. E pelo final do livro, eu diria que a história em si tem potencial pra ter uma continuação, e eu imagino realmente uma série de tv, e não um filme, se o livro fosse ser adaptado, porque ainda tem muita coisa pra ser contada.




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